Sua trajetória não foi das
mais fáceis. O craque nasceu numa vila de Sedhiou, uma cidade remota no
Senegal, onde cresceu jogando na areia, nas ruas. Mané tinha esperança que
podia ser ele, que tudo poderia dar certo, mas os pais nunca acreditaram. Pelo
contrário, os pais de Sadio Mané queriam que ele estudasse, para se formar
professor e assim poder ajudar a família a ter uma vida mais confortável.
Foi descalço que ele aprendeu
a jogar futebol, com gols marcados por pedras e pés machucados. A simplicidade o
acompanhou durante toda a carreira – iniciada no Dakar, seu primeiro clube. Aos
15, ele fez a viagem de cerca de 500 milhas ao norte de Dakar, onde realizaria
uma série de avaliações e seu sonho começou a tomar forma.
Na ocasião não reunia
condições para adquirir os melhores materiais esportivos. Muito pelo contrário,
suas chuteiras eram velhas e estavam rasgadas. Mas nada disso impediu que ele
conseguisse ultrapassar as barreiras até a elite do futebol.
Mané teve sua primeira
experiência profissional apenas aos 20 anos, quando chegou ao Metz, na França
em 2012. Lá fez uma boa temporada 2011/2012 e na temporada seguinte foi para o
Red Bull Salzburg, da Áustria. Lá ficou por duas temporadas, quando despertou o
interesse do Southampton.
Após duas ótimas temporadas,
foi contratado pelo Liverpool. Nos Reds, Mané vai para sua quarta temporada. O
título da Liga dos Campeões foi o auge do jogador, que vive seu melhor momento
da carreira. É também o melhor jogador da seleção senegalesa, que disputou a
Copa do Mundo de 2018 e que foi vice-campeã da Copa Africana em 2019.
Sua história de vida é a mesma
de milhares de pessoas que nascem em regiões pobres e desprivilegiadas, porém,
a diferença é o que ele decidiu fazer com o êxito profissional. Sadio Mané, que
atualmente recebe um alto salário, está transformando a realidade da comunidade
onde nasceu. Já construiu escolas, estádios, e fornece roupas, sapatos e
alimentos para pessoas de extrema pobreza. Além disto, doa 70 euros por mês à
todas as pessoas da cidade.
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