sábado, 21 de dezembro de 2019

UMA CURTA HISTÓRIA DE FRACASSO E SUPERAÇÃO – SADIO MANÉ


Sua trajetória não foi das mais fáceis. O craque nasceu numa vila de Sedhiou, uma cidade remota no Senegal, onde cresceu jogando na areia, nas ruas. Mané tinha esperança que podia ser ele, que tudo poderia dar certo, mas os pais nunca acreditaram. Pelo contrário, os pais de Sadio Mané queriam que ele estudasse, para se formar professor e assim poder ajudar a família a ter uma vida mais confortável.

Foi descalço que ele aprendeu a jogar futebol, com gols marcados por pedras e pés machucados. A simplicidade o acompanhou durante toda a carreira – iniciada no Dakar, seu primeiro clube. Aos 15, ele fez a viagem de cerca de 500 milhas ao norte de Dakar, onde realizaria uma série de avaliações e seu sonho começou a tomar forma.

Na ocasião não reunia condições para adquirir os melhores materiais esportivos. Muito pelo contrário, suas chuteiras eram velhas e estavam rasgadas. Mas nada disso impediu que ele conseguisse ultrapassar as barreiras até a elite do futebol.

Mané teve sua primeira experiência profissional apenas aos 20 anos, quando chegou ao Metz, na França em 2012. Lá fez uma boa temporada 2011/2012 e na temporada seguinte foi para o Red Bull Salzburg, da Áustria. Lá ficou por duas temporadas, quando despertou o interesse do Southampton.

Após duas ótimas temporadas, foi contratado pelo Liverpool. Nos Reds, Mané vai para sua quarta temporada. O título da Liga dos Campeões foi o auge do jogador, que vive seu melhor momento da carreira. É também o melhor jogador da seleção senegalesa, que disputou a Copa do Mundo de 2018 e que foi vice-campeã da Copa Africana em 2019.

Sua história de vida é a mesma de milhares de pessoas que nascem em regiões pobres e desprivilegiadas, porém, a diferença é o que ele decidiu fazer com o êxito profissional. Sadio Mané, que atualmente recebe um alto salário, está transformando a realidade da comunidade onde nasceu. Já construiu escolas, estádios, e fornece roupas, sapatos e alimentos para pessoas de extrema pobreza. Além disto, doa 70 euros por mês à todas as pessoas da cidade.

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