O caso das irmãs Graziela e
Rafaela Altino Gomes, moradoras de Nova Cruz (RN), chama a atenção pela
superação e amor que as une. Elas são gêmeas bivitelinas, em que cada uma é
gerada em uma placenta. Rafaela é portadora de síndrome de Down, Graziela não.
O fato acontece em uma quantidade de um para cada um milhão de bivitelinos
nascidos.
Elas perderam a mãe aos 14
anos (em 2004) e como eram filhas de pais separados, Rafaela passou a ficar sob
a tutela de Graziela, que foi à Justiça para conseguir a tutela da jovem com
Down, ou seja, ela seria a responsável legal pela irmã. Elas falam
eventualmente com o pai, que vive em outro estado.
Mesmo diante das dificuldades
de criar a irmã sem a figura materna, Graziela que é veterinária, aprendeu a
lidar com aos desafios e se derrete por Rafaela: “Então eu me fechei para o
mundo. Eu tinha tudo para ser ruim, depois da morte da minha mãe, não tinha
muitas escolhas. Mas, fiquei por ela e aprendo a perdoar, sentir, querer viver
com ela. Rafaela é minha vida. Não sei o que seria de mim como ser humano se
não fosse ela”.
Graziela é veterinária e
acompanha a irmã em todos os tratamentos de saúde e até na escola particular,
onde Rafaela cursa o Ensino Médio em escola normal. Ano passado, Graziela foi
homenageada no Dia das Mães e até ganhou presente: “Foi o primeiro dia das mães
que aceitei participar na escola dela. Ela me pedia e nunca tinha conseguido
ir, mas esse ano nós fomos. Foi duro, chorei muito. Hoje eu consigo entender e
sentir isso. Sou sim a mãe dela e amo ser”.
Graziela acredita que é uma
história que vai além de serem gêmeas, mãe ou filha.
Fonte: Plox
Foto: Reprodução /
@grazielaerafaela
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