domingo, 4 de abril de 2021

COMO DESENVOLVER A AUTONOMIA EM CRIANÇAS COM AUTISMO?

A autonomia infantil é algo que todos nós, adultos, nos preocupamos em um determinado grau. Afinal, nada mais importante que a independência de nossas crianças em atividades rotineiras. A situação pede mais cautela quando os pequenos convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O que fazer então para estimular o aspecto autônomo neles? A dica de hoje do nosso artigo vem com essa proposta: levar a pais e profissionais os meios que podem e devem ser seguidos a fim de possibilitar o desenvolvimento de funções executivas dos baixinhos.

Por que a autonomia infantil requer mais atenção nesses casos?

A criança com TEA precisa ser assistida de forma mais efetiva, pois os fatores existentes em sua vida abrem espaços para situações que evidenciam desafios cotidianos. Os pequenos costumam apresentar problemas de aspecto sensorial, atos repetitivos, estereotipados, além de atrasos na comunicação que restringem o desenvolvimento de habilidades que serão essenciais para autonomia.

Importante apontar um dado que faz toda a diferença. Estima-se que de 40-50% das crianças diagnosticadas com TEA apresentem a Deficiência Intelectual (DI), responsável por intensificar de forma considerável a sua dependência para quaisquer tipos de atividades, sejam elas rotineiras ou não.

Qual o primeiro passo para promover a autonomia infantil no autismo?

É imprescindível que saibamos o primeiro passo em busca do desenvolvimento da criança. O diagnóstico precoce é o caminho mais indicado mais começar a promover as intervenções necessárias para os pequenos.

A partir desse contato com o médico, os sintomas do TEA, que implicam em atrasos de desenvolvimento e nos comportamentos, tendem a ser trabalhados de maneira intensa. Vale lembrar que quanto mais tarde as intervenções ocorrerem, mais atrasada ficará a correção de habilidades ainda não atingidas por esta criança. Além disso, mais estreita fica a aquisição de novas habilidades para se adaptar a desafios sociais do meio.

Redução de sintomas e estereotipias

Após as orientações profissionais, é chegada a hora de ajudar esta criança na redução de suas estereotipias e ecolalias. Auxiliá-la na construção de ações e formas de comunicação mais funcionais, com objetivo social e contextual também é uma maneira de induzir a autonomia infantil. Gradualmente, deve-se interromper os comportamentos repetitivos e desviar a atenção do pequeno para situações sequenciais e para tarefas que envolvem o cumprimento de rotinas e regras do cotidiano, além do compartilhamento de experiências.

Despertando memórias com recursos adequados

Importante ressaltar que a utilização de figuras, desenhos e fotos (o recurso de photovoice, por exemplo) como instrumentos visuais de comunicação tendem a facilitar de forma considerável o acesso da criança à aprendizagem, tanto de sequências como da compreensão de rotinas e conceitos.

Vale ressaltar que crianças com autismo costumam apresentar excelente memória para questões rotineiras, principalmente quando elas aprendem algo pelo sentido visual. Os pequenos podem adquirir a capacidade autônoma de cumpri-las com maior assertividade.

Estimulando a autonomia infantil através da ABA

A Análise do Comportamento Aplicada, muito conhecida pela sigla ABA, constitui-se como uma área de conhecimento cujo objetivo é o desenvolvimento de pesquisas e aplicações a partir dos princípios básicos da ciência da análise do comportamento.

O objetivo da ABA é uma abordagem que estimula os comportamentos desejáveis e redução dos comportamentos indesejáveis em crianças que demonstram atrasos, especialmente quando essa condição tem sua origem no TEA.

O papel da escola no desenvolvimento da criança

O ambiente escolar tem a prerrogativa de trabalhar a socialização da criança com os demais coleguinhas. Além de aspectos como interação social e comunicação serem trabalhados com eficácia, outro item a ser desempenhado pelo pequeno é a memorização de várias situações que tendem a incentivar sua autonomia.

Fonte: Instituto NeuroSaber

Foto: Reprodução

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