O futebol brasileiro sempre
foi conhecido por revelar muitos jogadores por temporada, mas recentemente, uma
nova geração de técnicos vem surgindo com novas idéias, propostas e modelos de
jogos. O cearense Delmiro Mendonça está no comando da equipe Sub-15 do Ceará.
Com 29 anos, o técnico tem passagens pelas categorias de base do Ferroviário,
Alvinegro, Uniclinic, Tiradentes e Brasil de Pelotas (RS).
Delmiro é formado em Educação
física e pós-graduado em Fisiologia do Exercício, com um extenso currículo e bons
trabalhos desenvolvidos em alguns clubes amadores e profissionais do nosso
Brasil, o jovem treinador começou no Projeto Atleta Nota 10 de Fortaleza como
atleta e depois acumulou funções como preparador físico e de goleiros, tem a
Licença B e C da CBF e também curso de treinador pela renomada Escola Européia
de Futebol. Nessa sua trajetória esportiva foi preparador de goleiro,
preparador físico, auxiliar técnico e como treinador fez grandes trabalhos no
Alvinegro, Brasil de Pelotas e agora inicia um novo trabalho no comando do
Sub-15 do Ceará.
No Brasil de Pelotas foram
quase 2 anos de aprendizagem e crescimento profissional até que surgiu o
convite para retornar ao futebol cearense como auxiliar técnico do Ceará, onde
fez parte da comissão técnica comandada pelo competente e estudioso do futebol
Álvaro Martins, uma parceria que deu mais que certo, praticamente ganharam tudo
com números e títulos expressivos que o credenciaram a esta a frente nesse ano
do sub-15 de um dos maiores clubes formadores do Brasil.
BATE BOLA COM DELMIRO MENDONÇA:
Quais os ensinamentos que você aprendeu e tem levado para a tua vida
quando participou como atleta e treinador do Projeto Atleta Nota 10 de Fortaleza?
O que eu mais aprendi quando
participei do projeto é você não deixar nunca de ser você mesmo sabe. Lembro
muito bem uma palavra que até já falei com você algum tempo que me marca que
você falava pra eu nunca perder a essência. E isso sempre me marcou. Eu acho
que eu aprendi muito isso no projeto de nas dificuldades a gente nunca desistir
e sempre fazer as coisas corretas independente de qualquer coisa, sempre fazer
o certo. Eu acho que isso é o que me deixou mais de legado, isso aprendi como
atleta e depois pude ajudar de alguma forma ali como treinador e preparador
físico.
Como aconteceu a tua paixão pelo futebol, a tua busca pelo conhecimento
e em está se capacitando constantemente para um mercado tão concorrido e
imediatista por resultados?
A paixão pelo futebol é como
toda criança que gosta de jogar e eu fui se descobrindo pra jogar. A busca pelo
conhecimento foi algo que eu não sei te explicar, eu queria outra área que era
engenharia ambiental, mas como se Deus desse um estralo assim, e comecei a
fazer educação física sem saber muita coisa, e a partir do curso comecei a conhecer
outras pessoas, conheci você. E a busca do conhecimento é preciso ser
constante. O mercado é concorrido e imediatista se você não tiver algo de
diferente, você não for um pensamento ali, um pouco mais e melhor, e com mais
capacidade e mais competências, você não vai ter a oportunidade. O importante é
praticar e colocar em prática tudo aquilo que você estuda porque não adianta
você estudar e não consegui colocar em prática, e buscando porque a gente sabe
que o mercado ele dá oportunidade uma hora, então sempre se capacitando só não
pode perder esse gosto pelo aprendizado nunca.
Como surgiu o convite para ir trabalhar no Brasil de Pelotas? Fala um
pouco do clube desde a chegada, a adaptação e o legado e quais as diferenças
entre o futebol do sul para o futebol cearense.
Então passei 4 anos no
Ferroviário onde conheci o Alison Henry que era treinador da base e fui
auxiliar dele, a gente criou uma amizade e vinculo muito grande. O Alison
recebeu a oportunidade de ser treinador e coordenador do Brasil de Pelotas (RS)
e depois me fez o convite para ir trabalhar lá também, foi uma experiência
muito rica. Passei 2 anos lá, a cidade é maravilhosa e o povo gaucho bem
acolhedor. A minha adaptação foi boa, sabe Ronaldo, porque eu vivia só disso,
eu só trabalhava e fazia meus outros afazeres assim normais. Eu morava no CT, o
dia todo eu respirava o futebol. Acho que a diferença é a mentalidade dos
jogadores e também das pessoas de dar mais oportunidade para as pessoas mais
novas. Eu percebi lá que os profissionais eles se capacitam mais e buscam mais
conhecimento assim fora do normal. Buscam conversar e debater mais vários
assuntos. Achei isso muito bom e a diferença do futebol é que lá como a gente
sabe o futebol é mais competitivo e mais brigado, mais detalhado e jogadores um
pouco mais inteligentes de entender do jogo.
Você retornou ao futebol cearense e hoje está no comando do Sub-15 do
Ceará, como foi o processo para chegar a um dos teus maiores desafios agora
como comandante de um dos principais clubes formadores do país?
Foi um desafio longo, lutei e
trabalhei muito para chegar nessa oportunidade. Eu esperei o momento certo, sem
passar por cima de ninguém, sempre respeitando e trabalhando dando o máximo. E
o processo é esse: trabalhar e esperar a oportunidade sem passar por cima de
ninguém e hoje os maiores desafios agora como comandante do Sub-15 do Ceará,
ano passado fui auxiliar onde ganhei uma bagagem ali do clube. Entender o
processo todo do clube, todos os objetivos, o tamanho do clube do Ceará. Os principais
objetivos são sempre crescer como treinador, buscar fazer os meninos também
crescerem e formar o cidadão, buscar títulos, buscar revelar, mas sempre
buscando o lado humano desses meninos. Acho que meu maior desafio é fazer com
que eles entendam que o que eles vivem hoje é uma oportunidade que eles têm de
serem melhores pessoas serem jovens melhores e serem seres humanos mais
pensantes e educar esses meninos dentro do futebol como ferramenta e eles
entenderem tudo isso.
Cite um momento marcante e outro decepcionante na tua carreira
esportiva.
Foi quando a gente foi campeão
pelo Ferroviário Sub-17 em cima do Ceará pela Copa Vovozão lá dentro onde
ganhamos de 1 x 0. Foi um momento muito marcante porque o Ferroviário para quem
conhece a base lá é muita dificuldade, tipo assim sai um alívio sabe porque
você nunca chegava na final e sempre se cobrava por título. Aí esse titulo da Copa vovozão em
cima do Ceará foi marcante demais.
E um momento decepcionante,
sabe Ronaldo não tem, mas fiquei triste assim, no estadual sub-15 do ano
passado onde ganhamos todos os jogos e perdemos só um que foi na final. Então é
um pouco decepcionante, mas entendo muito de boa hoje, pois a gente não ganhou
o título, mas faz parte.
Deixa uma mensagem para nossos leitores e seguidores.
Nunca desisti e procurar ser
uma pessoa correta em tudo, batalhadora e buscar o conhecimento. Porque a
oportunidade uma hora chega e a gente tem que está preparado e às vezes a gente
não vai está, mas vai está se esforçando, vai ter a persistência. O sucesso vem
com isso e com esforço, com persistência e com a capacidade que nós temos de
retribuir tudo. Então assim eu desejo com essa mensagem aos leitores e seguidores
que vejam assim em mim um exemplo sabe que ainda tenho muitas coisas para
conquistar. Tenho muitas coisas pra conseguir e nunca parar de aprender.
Escutar os outros e nunca parar de se auto-avaliar, acho que isso é muito
importante.
Fotos: Pedro Chaves / arquivo
pessoal do Delmiro
Parabens professor Delmiro,vai da tudo certo se Deus quiser,ele estar no comando e sabe todas as coisas!!!
ResponderExcluirGrande profissional.
ResponderExcluirContinue nessa força.
Deus proverá. Bjo da Tia.