terça-feira, 21 de abril de 2020

PAPO R14: O CEARENSE DELMIRO MENDONÇA É O TREINADOR DO SUB-15 DO CEARÁ PARA TEMPORADA 2020


O futebol brasileiro sempre foi conhecido por revelar muitos jogadores por temporada, mas recentemente, uma nova geração de técnicos vem surgindo com novas idéias, propostas e modelos de jogos. O cearense Delmiro Mendonça está no comando da equipe Sub-15 do Ceará. Com 29 anos, o técnico tem passagens pelas categorias de base do Ferroviário, Alvinegro, Uniclinic, Tiradentes e Brasil de Pelotas (RS).


Delmiro é formado em Educação física e pós-graduado em Fisiologia do Exercício, com um extenso currículo e bons trabalhos desenvolvidos em alguns clubes amadores e profissionais do nosso Brasil, o jovem treinador começou no Projeto Atleta Nota 10 de Fortaleza como atleta e depois acumulou funções como preparador físico e de goleiros, tem a Licença B e C da CBF e também curso de treinador pela renomada Escola Européia de Futebol. Nessa sua trajetória esportiva foi preparador de goleiro, preparador físico, auxiliar técnico e como treinador fez grandes trabalhos no Alvinegro, Brasil de Pelotas e agora inicia um novo trabalho no comando do Sub-15 do Ceará.


No Brasil de Pelotas foram quase 2 anos de aprendizagem e crescimento profissional até que surgiu o convite para retornar ao futebol cearense como auxiliar técnico do Ceará, onde fez parte da comissão técnica comandada pelo competente e estudioso do futebol Álvaro Martins, uma parceria que deu mais que certo, praticamente ganharam tudo com números e títulos expressivos que o credenciaram a esta a frente nesse ano do sub-15 de um dos maiores clubes formadores do Brasil.


BATE BOLA COM DELMIRO MENDONÇA:

Quais os ensinamentos que você aprendeu e tem levado para a tua vida quando participou como atleta e treinador do Projeto Atleta Nota 10 de Fortaleza?

O que eu mais aprendi quando participei do projeto é você não deixar nunca de ser você mesmo sabe. Lembro muito bem uma palavra que até já falei com você algum tempo que me marca que você falava pra eu nunca perder a essência. E isso sempre me marcou. Eu acho que eu aprendi muito isso no projeto de nas dificuldades a gente nunca desistir e sempre fazer as coisas corretas independente de qualquer coisa, sempre fazer o certo. Eu acho que isso é o que me deixou mais de legado, isso aprendi como atleta e depois pude ajudar de alguma forma ali como treinador e preparador físico.


Como aconteceu a tua paixão pelo futebol, a tua busca pelo conhecimento e em está se capacitando constantemente para um mercado tão concorrido e imediatista por resultados?

A paixão pelo futebol é como toda criança que gosta de jogar e eu fui se descobrindo pra jogar. A busca pelo conhecimento foi algo que eu não sei te explicar, eu queria outra área que era engenharia ambiental, mas como se Deus desse um estralo assim, e comecei a fazer educação física sem saber muita coisa, e a partir do curso comecei a conhecer outras pessoas, conheci você. E a busca do conhecimento é preciso ser constante. O mercado é concorrido e imediatista se você não tiver algo de diferente, você não for um pensamento ali, um pouco mais e melhor, e com mais capacidade e mais competências, você não vai ter a oportunidade. O importante é praticar e colocar em prática tudo aquilo que você estuda porque não adianta você estudar e não consegui colocar em prática, e buscando porque a gente sabe que o mercado ele dá oportunidade uma hora, então sempre se capacitando só não pode perder esse gosto pelo aprendizado nunca.


Como surgiu o convite para ir trabalhar no Brasil de Pelotas? Fala um pouco do clube desde a chegada, a adaptação e o legado e quais as diferenças entre o futebol do sul para o futebol cearense.

Então passei 4 anos no Ferroviário onde conheci o Alison Henry que era treinador da base e fui auxiliar dele, a gente criou uma amizade e vinculo muito grande. O Alison recebeu a oportunidade de ser treinador e coordenador do Brasil de Pelotas (RS) e depois me fez o convite para ir trabalhar lá também, foi uma experiência muito rica. Passei 2 anos lá, a cidade é maravilhosa e o povo gaucho bem acolhedor. A minha adaptação foi boa, sabe Ronaldo, porque eu vivia só disso, eu só trabalhava e fazia meus outros afazeres assim normais. Eu morava no CT, o dia todo eu respirava o futebol. Acho que a diferença é a mentalidade dos jogadores e também das pessoas de dar mais oportunidade para as pessoas mais novas. Eu percebi lá que os profissionais eles se capacitam mais e buscam mais conhecimento assim fora do normal. Buscam conversar e debater mais vários assuntos. Achei isso muito bom e a diferença do futebol é que lá como a gente sabe o futebol é mais competitivo e mais brigado, mais detalhado e jogadores um pouco mais inteligentes de entender do jogo.


Você retornou ao futebol cearense e hoje está no comando do Sub-15 do Ceará, como foi o processo para chegar a um dos teus maiores desafios agora como comandante de um dos principais clubes formadores do país?

Foi um desafio longo, lutei e trabalhei muito para chegar nessa oportunidade. Eu esperei o momento certo, sem passar por cima de ninguém, sempre respeitando e trabalhando dando o máximo. E o processo é esse: trabalhar e esperar a oportunidade sem passar por cima de ninguém e hoje os maiores desafios agora como comandante do Sub-15 do Ceará, ano passado fui auxiliar onde ganhei uma bagagem ali do clube. Entender o processo todo do clube, todos os objetivos, o tamanho do clube do Ceará. Os principais objetivos são sempre crescer como treinador, buscar fazer os meninos também crescerem e formar o cidadão, buscar títulos, buscar revelar, mas sempre buscando o lado humano desses meninos. Acho que meu maior desafio é fazer com que eles entendam que o que eles vivem hoje é uma oportunidade que eles têm de serem melhores pessoas serem jovens melhores e serem seres humanos mais pensantes e educar esses meninos dentro do futebol como ferramenta e eles entenderem tudo isso.

Cite um momento marcante e outro decepcionante na tua carreira esportiva.

Foi quando a gente foi campeão pelo Ferroviário Sub-17 em cima do Ceará pela Copa Vovozão lá dentro onde ganhamos de 1 x 0. Foi um momento muito marcante porque o Ferroviário para quem conhece a base lá é muita dificuldade, tipo assim sai um alívio sabe porque você nunca chegava na final e sempre se cobrava por  título. Aí esse titulo da Copa vovozão em cima do Ceará foi marcante demais.


E um momento decepcionante, sabe Ronaldo não tem, mas fiquei triste assim, no estadual sub-15 do ano passado onde ganhamos todos os jogos e perdemos só um que foi na final. Então é um pouco decepcionante, mas entendo muito de boa hoje, pois a gente não ganhou o título, mas faz parte.

Deixa uma mensagem para nossos leitores e seguidores.

Nunca desisti e procurar ser uma pessoa correta em tudo, batalhadora e buscar o conhecimento. Porque a oportunidade uma hora chega e a gente tem que está preparado e às vezes a gente não vai está, mas vai está se esforçando, vai ter a persistência. O sucesso vem com isso e com esforço, com persistência e com a capacidade que nós temos de retribuir tudo. Então assim eu desejo com essa mensagem aos leitores e seguidores que vejam assim em mim um exemplo sabe que ainda tenho muitas coisas para conquistar. Tenho muitas coisas pra conseguir e nunca parar de aprender. Escutar os outros e nunca parar de se auto-avaliar, acho que isso é muito importante.

Fotos: Pedro Chaves / arquivo pessoal do Delmiro

2 comentários:

  1. Parabens professor Delmiro,vai da tudo certo se Deus quiser,ele estar no comando e sabe todas as coisas!!!

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  2. Grande profissional.
    Continue nessa força.
    Deus proverá. Bjo da Tia.

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