Antônio Augusto Ferreira Neto, de
25 anos, foi diagnosticado com autismo leve aos 19 anos, mas isso não o impediu
de se formar em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) e
passar no exame da OAB. Em março de 2019 ele emocionou quem estava presente na
cerimônia de compromisso coletivo de novos advogados na sede da subseção da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Maringá.
Primeiro a se voluntariar para ser orador, ele discursou sobre as barreiras que teve que enfrentar para conquistar a posição como advogado. Desde a infância, Antônio Neto fazia acompanhamento com psicólogos e quando estava no ensino fundamental foi diagnosticado com imperatividade. O diagnóstico de autismo só veio durante a graduação de direito. No discurso, o jovem falou sobre sua trajetória e afirmou que seu objetivo agora é lutar pela inclusão e igualdade por meio de sua profissão.
Para a mãe Lilian Ferreira, o momento foi indescritível. “Não tem dor maior para uma mãe do que ver seu filho ser excluído. Passei 24 anos vendo ele ser excluído. Naquele dia eram mais de 400 pessoas do auditório, todos ficaram em pé e bateram palma. Todas as palmas que ele não recebeu na vida dele, recebeu naquele momento”, recorda.
Lilian lembra que o filho sempre teve dificuldade de se relacionar com as pessoas, característica principal do autismo. No entanto, para estudar, ele sempre foi muito esperto. “Nunca reprovou ou ficou de recuperação. A capacidade dele absorver informação é grande. Só de ouvir ele já aprende, não precisa ficar pegando livro para estudar”, diz.
Fonte: OAB/PR
Foto: Reprodução
Criação da Arte: Ronaldo Lima / @ronaldolima.14
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