O atacante Júnior Santos viu a
sua vida mudar recentemente. Aos 24 anos, o jogador do Fortaleza atuava nos
campos amadores da Bahia até 2016. Ele, que já desistiu de jogar futebol e
trabalhou como servente de pedreiro para sustentar a sua família.
Baiano de Conceição do
Jacuípe, o centroavante Júnior Santos, de 24 anos, traz a versatilidade na
linha de frente, como uma de suas marcas para mostrar no Fortaleza em 2019. Ele
tanto joga como centroavante fixo, como também atua pelas beiradas do campo,
tal como atuou no Ituano e na Ponte Preta, pela qual marcou nove gols na Série
B de 2018.
"Quando era mais novo
sempre sonhei em ser jogador de futebol. Com 13 anos entrei numa escolinha de
futebol, mas aos 16 fui desistindo desse sonho por causa de tudo que acontece
no interior. Não tem investimento no futebol. Comecei a trabalhar, mas sempre
jogava bola, e quando completo 20 fui chamado para jogar o futebol
intermunicipal, que é o maior campeonato amador da Bahia. Lá me destaquei e até
os 22 jogava no amador conseguindo tirar o sustento para a minha família",
disse.
“Com 22, um rapaz chamado
Dorival, da cidade de Valença-BA, conhecia o técnico Luciano Baiano, que estava
montando a equipe do Osvaldo Cruz. Daí me perguntou se eu tinha o interesse de
fazer um teste, que eu aceitei e acabei vindo para São Paulo. Passei, consegui
fazer uma boa campanha e me viram jogando. Foi muito rápido, nunca imaginei que
fosse disputar a elite do Paulista e enfrentar os times grandes. É uma coisa
que estou vivendo e pensando ‘pô, é um sonho’, mas sei que é realidade",
acrescentou.
Sem ter atuado nas categorias
de base de algum clube, Júnior Santos se destacava nos amadores em que
disputava. Em seu estado natal, chegou a passar um curto período no Fluminense
e Bahia, ambos de Feira de Santana, mas sem sucesso.
Desde o ano passado o
Fortaleza tinha interesse na contratação de Júnior Santos, fato que se
confirmou esse ano e o atacante tem contrato de três anos de duração com o
Leão, com 50% dos seus direitos econômicos pertencendo do Tricolor do Pici.
Foto: Leonardo Moreira
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