Descoberto em uma escolinha de
futebol próximo ao Jardim Capelinha, um dos bairros mais violentos de São
Paulo. Foi criado pelo pai e cresceu longe da mãe, depois de um divórcio
traumático.
Aos seis anos, sofreu um
acidente numa porta de vidro e quase teve o braço amputado, por um erro médico.
O pai teve que vender o carro para pagar a cirurgia de correção. A primeira das
muitas tatuagens que ele tem foi feita para esconder aquela cicatriz.
Fagner chegou ao Corinthians
com nove anos. Pegava dois ônibus, um metrô e caminhava mais de uma hora até o
Parque São Jorge para realizar o sonho de ser jogador de futebol.
A alegria de estar no
Corinthians, porém, foi contrastando, aos poucos, pela ausência em todos os
jogos e torneios. A dispensa na lista de relacionados para um campeonato
importante foi a deixa para tomar uma decisão: jogaria por outra equipe, nesta
mesma competição, mesmo ainda treinando no Timão.
Os dirigentes corintianos,
então, o viram com outros olhos e, ainda naquele campeonato, o convidaram a
assistir a final contra o Juventus. Depois, foi só alegria.
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