Javon Kinlaw, como muitos
atletas de todos os esportes, de todo o mundo, como milhões de trabalhadores em
suas áreas, teve que superar obstáculos e adversidades em sua vida até ter a
chance de disputar uma das melhores competições do mundo. Da infância pobre,
violenta e sem abrigo, hoje Kinlaw é
apontado como um dos mais promissores do futebol americano.
Aos 8 anos, a casa onde vivia com a mãe e o irmão começou a desmoronar quando o telhado cedeu. Eles se mudaram para outra casa onde usaram a mangueira do vizinho para encher suas latas de água.
Ele só vestia roupas novas no início do ano letivo e elas tinham que durar. Ele girava entre um par de jeans, um par de shorts, um moletom e algumas camisas. Mas ele sempre tinha muitas meias.
Ele começou a desenvolver alguns maus hábitos e teve problemas. Ele andava de metrô com seu irmão para faltar a escola, pulando a catraca se não tivesse dinheiro suficiente para comprar uma passagem.
Na escola sofria bullying por causa de seu peso e suas roupas. Os professores duvidavam dele. Começou a jogar futebol americano por que era uma forma dele gastar tempo sem se meter em problemas. Mesmo alguns treinadores não vendo capacidade nele quando se juntou ao time: ele não era bom. Mas a sua altura atraiu a atenção vários treinadores e, posteriormente, de várias universidades.
Kinlaw não começou a confiar
nas pessoas - especialmente nos treinadores - até que ele foi para o Jones
College, uma faculdade júnior no Mississippi. Ir para a Jones College foi o
começo de seu amadurecimento. Ele começou a se endireitar.
Depois de lutar por comida a maior parte de sua vida, Kinlaw podia comer tudo o que queria em Jones, embora não soubesse a princípio. Kinlaw não comeu nos primeiros dois dias em Jones porque achou que tinha que pagar pela comida.
Kinlaw é projetado como uma
das primeiras 20 escolhas do draft da NFL por Mel Kiper Jr. e Todd McShay da
ESPN. Ele chegou longe depois de passar parte de sua infância em Washington,
DC, sem ter onde morar.
Ele gosta de quem ele é agora, em um lugar em sua vida que não via "em um milhão de anos". Ele planeja construir um abrigo para moradores de rua com o dinheiro que ganhar na NFL, além de cuidar de sua própria família.
Foto: Jacob Kupferman / Getty Images
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