Quando se fala em futebol de
base, se fala em inúmeros garotos buscando a oportunidade de iniciar uma
trajetória, desenvolver suas aptidões e subir de categoria até o profissional.
Com a possibilidade de torneios deixarem de ser disputados, o impacto pode ser
a perda de gerações.
A CBF divulgou o novo
calendário para as competições das divisões de base no futebol brasileiro. Os
torneios estão previstos para iniciar a partir de setembro com o Brasileirão
Sub-20 (23 de setembro) e Sub-17 (11 de outubro), ao todo serão oito
competições de categorias de base para a temporada que terminará somente em
março de 2021.
E os clubes que não fazem
parte desse cronograma da CBF e que tem somente os campeonatos regionais em que
os treinos presenciais estão interrompidos e torneios suspensos por tempo
indeterminado como ficam essa geração de jogadores que talvez sejam seus
últimos anos em suas categorias de disputas?
O futebol brasileiro precisará
de entre seis e sete anos para conhecer as conseqüências que a pandemia impôs a
uma geração de jogadores. A opinião é de Erasmo Damiani, ex-coordenador de base
da CBF e hoje gerente na formação do Internacional.
Não só ele, como vários
responsáveis pelas categorias de base de clubes do país temem o ano quase
perdido de 2020, com pouquíssimas competições e 150 dias sem treinos. Para
jovens em idade de formação técnica e desenvolvimento físico, o impacto é
considerado altíssimo.
Os mais afetados serão os
meninos mais jovens, a paralisação atrapalha o processo de crescimento. Em geral,
as equipes costumam monitorar esse aspecto principalmente em garotos de 14 a 17
anos, pois em poucos meses os atletas dessa faixa etária ganham estatura e
precisam ser submetidos a avaliações que servem para nortear o cronograma de
treinos físicos.
Foto: Pedro Chaves / FCF
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