terça-feira, 25 de agosto de 2020

MESMO A CBF DEFINIDO ALGUMAS COMPETIÇÕES NAS DIVISÕES DE BASE NO FUTEBOL BRASILEIRO, UMA GERAÇÃO DE JOGADORES CORRE RISCO POR CAUSA DA PANDEMIA


Quando se fala em futebol de base, se fala em inúmeros garotos buscando a oportunidade de iniciar uma trajetória, desenvolver suas aptidões e subir de categoria até o profissional. Com a possibilidade de torneios deixarem de ser disputados, o impacto pode ser a perda de gerações.

A CBF divulgou o novo calendário para as competições das divisões de base no futebol brasileiro. Os torneios estão previstos para iniciar a partir de setembro com o Brasileirão Sub-20 (23 de setembro) e Sub-17 (11 de outubro), ao todo serão oito competições de categorias de base para a temporada que terminará somente em março de 2021.

E os clubes que não fazem parte desse cronograma da CBF e que tem somente os campeonatos regionais em que os treinos presenciais estão interrompidos e torneios suspensos por tempo indeterminado como ficam essa geração de jogadores que talvez sejam seus últimos anos em suas categorias de disputas?

O futebol brasileiro precisará de entre seis e sete anos para conhecer as conseqüências que a pandemia impôs a uma geração de jogadores. A opinião é de Erasmo Damiani, ex-coordenador de base da CBF e hoje gerente na formação do Internacional.

Não só ele, como vários responsáveis pelas categorias de base de clubes do país temem o ano quase perdido de 2020, com pouquíssimas competições e 150 dias sem treinos. Para jovens em idade de formação técnica e desenvolvimento físico, o impacto é considerado altíssimo.

Os mais afetados serão os meninos mais jovens, a paralisação atrapalha o processo de crescimento. Em geral, as equipes costumam monitorar esse aspecto principalmente em garotos de 14 a 17 anos, pois em poucos meses os atletas dessa faixa etária ganham estatura e precisam ser submetidos a avaliações que servem para nortear o cronograma de treinos físicos.

Foto: Pedro Chaves / FCF

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