sábado, 18 de julho de 2020

UMA CURTA HISTÓRIA DE FRACASSO E SUPERAÇÃO – DANIEL DIAS


Poucas histórias no esporte podem ser tão inspiradoras quanto a do brasileiro Daniel Dias. Nascido no interior de São Paulo e criado em Minas Gerais, ele poderia se conformar com uma vida de limitações por conta de sua condição física. Em vez disso, tornou-se o maior nadador dos Jogos Paralímpicos de todos os tempos.

Daniel Dias passou por uma cirurgia para poder usar uma prótese. Apesar das dificuldades de adaptação, o então garoto de 3 anos começou a andar.

Rosa e Paulo, os pais de Daniel, fizeram questão de jamais colocar limites na vida do filho por conta de sua condição física. Incentivaram Daniel Dias a buscar seus sonhos e desejos independentemente de alguma restrição que seu corpo pudesse provocar. Nada é impossível.

Mais tarde, Daniel surpreendeu os pais e médicos ao conseguir andar de bicicleta, aprendeu a tocar bateria (um hobby que mantém até hoje em dia) e concluiu o ensino médio.

Sua intenção, inicialmente, era fazer faculdade de Engenharia Mecatrônica, mas foi na natação que Daniel Dias encontrou o máximo de seu talento.

Foi no começo dos anos 2000 que Daniel se apaixonou pela natação e decidiu que queria praticar o esporte. Tinha 16 anos e sua inspiração foi ver as conquistas de Clodoaldo Silva, nadador e um dos maiores atletas paralímpicos do Brasil em todos os tempos.

Do momento em que decidiu se dedicar à vida de nadador até se tornar campeão mundial foram apenas dois anos. Em 2006, Daniel viajou para disputar pela primeira vez um Campeonato Mundial e na África do Sul conquistou três medalhas de ouro e duas de prata. No ano seguinte, no Parapan do Rio de Janeiro, subiu no pódio oito vezes, em todas para receber medalhas douradas. Era evidente que havia nascido um novo fenômeno do esporte.

Daniel é detentor do recorde mundial nas provas de 100m e 200m livre, 100m costa e 200m medley e o recordista nos Jogos Parapan-americanos com oito medalhas de ouro. Ele conquistou 24 medalhas de ouro em três edições dos Jogos Olímpicos. Aos 32 anos, o atleta promete aumentar a sua coleção nos Jogos de 2021, em Tóquio.

Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX

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