A seleção brasileira que está
competindo a Copa do Mundo Feminina na França, conta com forte apoio estatal.
Das 23 jogadoras do Brasil, 17 recebem o Bolsa Atleta, programa do governo
federal que ajuda financeiramente as jogadoras com pagamentos mensais. Como
comparação, nenhum jogador da seleção masculina que está disputando a Copa
América que começou nesta sexta-feira recebe o Bolsa Atleta. As jogadoras da
seleção dizem utilizar os recursos do programa para pagar despesas básicas como
compra de chuteira, suplementos alimentar e até transporte para ir aos
treinamentos.
Os valores pagos pelo Bolsa
Atleta variam de R$ 410 (categoria Base) a R$ 15 mil (Pódio). No caso da
seleção feminina, as 18 atletas contempladas recebem entre R$ 1.020 (categoria
Nacional) e R$ 3.500.
Entre as 23 jogadoras
convocadas pelo técnico Vadão para o Mundial, apenas seis defendem clubes no
Brasil. Atuar no exterior, no entanto, não é um impeditivo para ser contemplada
pelo programa. A lateral Letícia Santos, defende o SC Sand, da Alemanha, desde
2017. Mesmo morando fora do Brasil, ela recebe o Bolsa Atleta na categoria
Internacional (valores que variam entre R$ 1.020 e R$ 2.500, a depender dos
resultados obtidos e do nível da competição).
Os clubes da Série A do
Campeonato Brasileiro Masculino, para se enquadrar no Licenciamento de Clubes
da CBF, precisam manter um time de futebol feminino (tanto adulto como de
base). A regra, no entanto, não garante a profissionalização da modalidade no
país. No Brasil, a maioria das jogadoras de futebol é amadora. Apenas uma
pequena parte tem contrato em carteira de trabalho, no regime CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho). Por isso, muitas jogadoras recebem dos seus clubes ajuda
de custo somente em acordos pontuais de prestação de serviço para disputar
campeonatos e, assim, não têm salário fixo.
Não são apenas atletas menos
badaladas que recebem ajuda do Governo Federal. Marta, eleita pela Fifa a
melhor jogadora do mundo por seis vezes, sendo cinco de forma consecutiva,
também recebe o Bolsa Atleta. A atacante do Orlando Pride, dos Estados Unidos,
está inscrita na categoria Olímpica.
Seis jogadoras do elenco que
disputará a Copa do Mundo não são contempladas no programa federal: Formiga,
Daiane, Debinha, Kathellen, Luana e Ludmila. Todas atuam na Europa.
Fonte: Estadão
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