Casemiro foi abandonado pelo
pai aos três anos e passou necessidade durante toda a infância. Ele cresceu com
a mãe e dois irmãos pequenos num dos bairros mais pobres de São José dos Campos
(SP). Não cabiam todos em casa: de noite, o menino ia para a casa da tia ou da
avó. Por isso, a primeira coisa de que ele se lembra como jogador profissional
é de uma moradia: a do centro de treinamento do São Paulo, seu primeiro quarto.
Entre as lembranças mais vivas
daquela época, está a imagem de uma vendedora de Yakult que passava em frente a
casa dele todo final de tarde: Casemiro morria de vontade de tomar a bebida,
mas a mãe não tinha dinheiro para comprar.
Com cinco anos de idade, ele já estava na frente da casa quando a mãe saía para trabalhar.
Com cinco anos de idade, ele já estava na frente da casa quando a mãe saía para trabalhar.
Aprovado em um teste no São
Paulo, ele não tinha condições de ir e voltar de São José dos Campos à capital,
e dependia da ajuda de amigos para passar a noite entre um e outro treinamento.
Na mesma época, contraiu uma hepatite e ficou quase 90 dias sem treinar. Quase
foi forçado a desistir do esporte.
Revelado nas categorias de
base do São Paulo Futebol Clube, Casemiro começou no clube aos onze anos, aos
14 anos conseguiu uma vaga no alojamento do clube, driblou as dificuldades e
hoje é considerado uma das maiores revelações da história do Tricolor.
E aos 18, quando estreou no
estádio do Morumbi, fez uma coisa que lhe foi muito útil, mais tarde, em Madri:
perdeu o rumo. Deslumbrou-se com o dinheiro e a fama, comprou carros e saiu
muito na noite.
Em 2013 o São Paulo emprestou
ao Real Madrid que no final da temporada o comprou em definitivo. Em 2014, o
Real Madrid anunciou o empréstimo de Casemiro por uma temporada ao Porto de
Portugal. E em 2015 retornou ao Real, ele tornou-se peça fundamental no esquema
tático dos Blancos. Com a chegada de Zidane isso ficou ainda mais evidente,
sendo considerado o equilíbrio da equipe e um jogador insubstituível. Devido à
boa fase se firmou também como titular na Seleção Brasileira se tornando peça
importante.
No vestiário do Real Madrid,
Casemiro é chamado de Case, mas, quando é preciso falar com ele a sério, os
companheiros o chamam de Casemito. Seu nome verdadeiro é Carlos Henrique
Casimiro. Começou jogando como Casimiro, mas um dia, no Brasil, estamparam seu
nome na camisa equivocadamente, e ele entrou em campo como “Casemiro”. E fez
uma grande partida: sua atuação foi tão excepcional que ele não ousou mexer em
nada e pediu para continuar a jogar com o novo nome. Assim, aquele que tem a
responsabilidade de apontar e corrigir os erros táticos de seus companheiros em
campo traz em sua própria camisa um erro tipográfico, com um nome novo que
assumiu como seu.
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