A palavra francesa banlieue
significa subúrbio, periferia. Na maioria das vezes, concentra famílias de
baixa renda, como os bairros de Clichy-sous Bois e Bondy.
Bairros esse que nasceram e
abraçaram Mbappé, Pogba, Kanté, Matuidi e Mendy. Eles encontraram no futebol a
oportunidade de mudarem suas vidas e de suas famílias, como qualquer criança
sonharam e lutaram para se tornarem um grande atleta reconhecido em seu pais.
Diferente do Brasil onde
encontramos campos na periferia sem as mínimas condições necessárias para uma
boa pratica esportiva, na periferia da França todos os campos são gramados e
são organizados com clubes locais onde disputam as ligas e os campeonatos
amadores, onde olheiros e observadores dos principais clubes franceses e da
Europa acompanham atentamente qual deles serão mais uma promessa para o futebol
francês e mundial.
Hoje, ele representa os
bairros populares para famílias de baixa renda. São locais que “acolheram” a
onda de imigrantes que chegou ao país após a independência das ex-colônias
africanas nos anos 1960. Kylian Mbappé, a nova jóia francesa, nasceu em Bondy,
nos banlieues de Paris. É esse o mundo que ele representa na Copa da Rússia.
O esporte foi a válvula de
escape que encontraram. Seu pai, Wilfried Mbappé, era o diretor do time local
de futebol; sua mãe jogou handebol.
Com 11 anos, ele já era
considerado um fenômeno. As paredes do quarto eram forradas de fotos do ídolo
Cristiano Ronaldo. Ele foi a Londres e passou um período de experiência no
Chelsea. Não deu certo. Frustração. Quando voltou, assinou contrato com o
Monaco e começou a ultrapassar os muros invisíveis que separam o centro de
Paris da periferia. Destaque das categorias de base, Mbappé foi o jogador mais
jovem a estrear pelo profissional, aos 16 anos. Também foi o mais jovem a
marcar gol no campeonato francês, com 17 anos e 62 dias, desbancando o
ex-atacante Thierry Henry, outro de seus ídolos.
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