A ansiedade no autismo não é
incomum. Aliás, ela pode fazer parte da infância de todas as crianças. Porém,
crianças com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) a experimentam com mais
intensidade.
Por isso, é tão importante que
pais e professores saibam identificar os sinais de ansiedade no autismo. Hoje
vamos entender sobre a ansiedade em crianças com autismo e algumas coisas que
ajudam a causar ansiedade.
A ansiedade no autismo
Muitas pessoas, com autismo ou
não, sentem ansiedade. Ela está presente na vida de vários indivíduos.
Entretanto, pesquisas apontam que pessoas com autismo tendem a sentir ainda
mais ansiedade. Para a maioria, é algo que está em seu dia a dia.
Isso acontece porque a
ansiedade no autismo pode ter origem em vários fatores. Sejam eles ambientais,
por estímulos externos, mudanças na rotina, entre outros.
De acordo com pesquisas, cerca
de 40% das pessoas com transtorno do espectro do autismo sofrem de ansiedade.
Mesmo que a ansiedade não faça parte dos critérios para diagnosticar o autismo.
Ele também não é uma das opções descritivas disponíveis para os médicos usarem
ao diagnosticar o autismo.
A ansiedade no autismo pode
desempenhar um grande papel na vida das pessoas. Controlando a maneira como
elas interagem com o mundo e limitando as formas como outras pessoas interagem
com elas.
4 coisas que podem causar
ansiedade no autismo
Existem muitas coisas que
podem causar ansiedade no autismo. Neste artigo, vamos apresentar quatro coisas
importantes que podem influenciar nisso.
1. Mudança de rotina
Sabemos que indivíduos com TEA
costumam criar rotinas e se sentem mais seguros com ela. Porém, quando eles
saem da rotina a que estão habituados, é comum sentirem ansiedade. Isso porque
se sentem seguros com o “conhecido”, ao passo que o desconhecido é visto e
sentido com muita angústia.
2. Algumas situações sociais
causam ansiedade no autismo
Estar em locais novos ou
cercado de pessoas desconhecidas também pode ser um fator de ansiedade no
autismo. Por isso, é tão importante estar sempre acompanhado de uma pessoa
conhecida.
No caso das escolas, é
importante que tenha a presença de um professor auxiliar para ajudar na
adaptação e no cotidiano escolar.
3. Mudança no ambiente
Mudanças são comuns durante a
nossa vida. Seja uma mudança de escola, de casa, algumas vezes de cidade ou
simplesmente uma mudança no interior da casa. Entretanto, essas mudanças podem
desencadear a ansiedade no indivíduo com TEA. Por isso, será necessário um
tempo para que eles possam se adaptar ao novo ambiente.
4. Sensibilidade sensorial
Essa é uma questão que
necessita de um olhar atento dos pais e responsáveis. A sensibilidade sensorial
é algo que afeta muitos indivíduos com TEA, muitas vezes acionando sobrecargas
sensoriais.
As crianças com TEA são muito sensíveis sensorialmente e
qualquer sensação estranha pode causar desconforto e aumentar a ansiedade.
Ruídos externos, cheiros fortes, luzes, novas texturas de roupas, sabores
específicos ou texturas de alimentos.
Quais são os principais
sintomas?
É mais difícil conseguir
enxergar os sintomas de ansiedade no TEA. Visto que muitos desses sintomas se
assemelham às características comuns do autismo.
Veremos a seguir alguns sinais
que podem ajudar:
·Parecer assustado ou preocupado;
·Não querer sair de casa;
·Ficar agitado e/ou começar a suar;
·Começar a se comportar de maneira agressiva;
·Se recusar a ir em alguns lugares específicos;
·Tampar, com as mãos, olhos e/ou ouvidos;
·Aparentar estar muito nervoso. Como: andar de um
lado para o outro, balançar ou resmungar.
·Ficar extremamente chateado com algo.
·É muito importante ter pessoas conhecidas que os
ajudem a passar por essas situações.
Lembre-se que é fundamental o
carinho e atenção para que eles possam desenvolver confiança em todos que fazem
parte de seu convívio. Esteja sempre atento aos sinais que a criança ou o
adulto podem transmitir!
Fonte: Instituto NeuroSaber
Foto: Reprodução