domingo, 7 de março de 2021

O AUTISMO E O MERCADO DE TRABALHO: A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DO AUTISTA NO RAMO OCUPACIONAL TRABALHISTA

Há muitos mitos em torno de pessoas autistas e um deles é de que elas não podem entrar no mercado de trabalho. Pelo contrário, é possível. Quem tem TEA pode conseguir se firmar num emprego de maneira independente. Um dos exemplos disso é o jovem Yago Gomes de Souza, 24 anos, multicampeão da patinação artística e funcionário das Farmácias Panvel que pertence ao Grupo Dimed em Guaiba (RS). Na sexta (5) ele fez 1 ano de empresa e tem contribuído de forma dedicada e muito profissional, os colegas o elogiam sempre com muitas demonstrações de carinho e respeito.

Yago foi diagnosticado com autismo aos 17 anos, ele faz parte desde 2013 do Grupo Expressão de Patinação Artística de sua cidade, um dos mais conhecidos do Rio Grande do Sul onde treina com a técnica Bruna Cunha. Na empresa em que trabalha, a gerente Dani enaltece o jovem colaborador: “durante todo esse ano o Yago foi acolhido por todos com muito carinho, realmente se sente em família”.

Para que um autista possa se desenvolver bem, é muito importante a detecção precoce. Quanto mais cedo o autismo for diagnosticado e havendo uma intervenção, melhor será o prognóstico e processo de inclusão social futura. Desde cedo, a família deve trabalhar a autonomia da criança e ver as habilidades e interesse dela e focar nisso.

A estimativa é de que existam 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, sendo que quase 2 milhões delas estão no Brasil. 85% dos adultos com autismo estão desempregados; 70% dos autistas sofrem com depressão e ansiedade. E o índice de suicídio entre autistas é 10 vezes maior do que no restante da população.

Ingressar no mercado de trabalho é fundamental para que a pessoa consiga ser independente, tenha autonomia e liberdade para realizar seus sonhos e alcançar seus objetivos pessoais. O Yago Gomes é um exemplo disso, buscou seu espaço de forma profissional e aplicada tem colaborado para o crescimento da empresa ao qual trabalha e tem conquistado seus ideais de vida.

Foto: Reprodução 

Criação da Arte: Ronaldo Lima / @ronaldolima.14

4 comentários:

  1. O laudo de autismo só conseguimos as 17 anos, mas desde 2 anos e meio notamos que nosso filho tinha muitas diferenças em relação a outras crianças da mesma faixa etária, foi quando começou nossa maratona em busca de ajuda, passamos por vários profissionais da saúde, onde fizemos todo tipo de investigação, tanto na parte neurológica, genética...
    E as perspectivas dos médicos eram as piores possíveis, muitas e muitas vezes nos ouvimos que deveríamos nós conformar que o Yago não iria avançar e com o passar do tempo ele iria regredir, mas nós não poderíamos aceitar uma centena dessa sem lutar.
    Nosso filho já tinha começado a falar as primeiras palavras e de repente deixou de falar, de interagir até mesmo com o pai é com a mana que já tinha 8 anos e que brincava muito com ele, deixou de ter contato visual e a cada dia mais parecia uma ostra se fechando no mundinho dele, foi realmente desesperador.
    O Yago ficou sem falar até próximo dos 5 anos.
    Quando voltou era somente ecolalia, mas nunca deixamos de estimular tanto em casa como com terapeutas, nas foi somente com 12 anos que o Yago conseguiu fazer fono, outra fase muito difícil foi a alfabetização foram longos anos, mas graças a Deus e a todos os anjos que encontramos na nossa caminhada hoje estamos colhendo os frutos com nosso grandão.
    Agradecemos ao Ronaldo Lima pela linda matéria, que possa servir de incentivo à outras famílias.

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    1. Que lindo relato! Que história emocionante. Temos uma missão nessa vida que é amar nossos filhos e estar sempre de braços abertos para podermos apoiá-los! Parabéns mãe pela sua dedicação...tenho meu menino de 4 anos e meio que é autista! Nosso orgulho! Um beijo e bom domingo para vcs!

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  2. PARABÉNS......Yago e família 👏👏👏👏👏👏👏👏👏😍😍😍😍😍😍😍🙏🙏🙏

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