Duas Copas do Mundo com a
Seleção Brasileira. Um título da UEFA Champions League e várias outras
conquistas com o Chelsea. Durante pelo menos cinco anos, um dos melhores
volantes do mundo. A carreira de Ramires é daquelas invejáveis, cheias de
conquistas, glórias e feitos para se orgulhar. No entanto, a vida do
meio-campista, que hoje defende o Palmeiras, nem sempre foi fácil.
Se hoje Ramires desfruta de
uma vida bem resolvida e do prestígio que um jogador do seu nível tem, no
começo de sua caminhada rumo ao sucesso, ele precisou batalhar muito.
Nascido na Barra do Piraí, no
Rio de Janeiro, Ramires vivia em uma casa de dois quartos com a avó, alguns
primos e tias e o irmão Maicon, com quem dividia a cama e as roupas.
A mãe trabalhava fora e
chegava a ficar três meses sem conseguir voltar para casa. O pai aparecia muito
pouco. Então, a figura paterna e os ensinamentos de vida ficaram por conta do
irmão.
Criado sem muito contato com o
pai e a mãe e muitas vezes sem ter o que comer. No caminho, a dor pela perda de
sua avó Tereza, que o criou e, segundo as palavras do próprio volante, fez de
tudo por ele. A ausência é sentida até hoje.
As dificuldades só aumentavam,
e o sonho de ser jogador ficava cada vez mais longe. Com muitas promessas não
cumpridas no mundo do futebol, aos 15 anos Ramires começou a trabalhar como
servente de pedreiro, carregando pedras e sacos de areia. Quando já tinha
desistido de ser jogador, surgiu uma oportunidade no pequeno América de Barra
do Piraí.
O amor pelo futebol e o
talento com a bola fizeram com que ele se destacasse e em pouco tempo fosse
levado pelo Joinville, de Santa Catarina. Jogando no time do Sul, o menino
magro e veloz chamou a atenção do Cruzeiro.
Foi no Cruzeiro onde viveu um
grande momento na carreira e sua vida mudava para melhor. As conquistas e os
destaques no clube mineiro o levaram à seleção olímpica, em 2008, e ficou com o
bronze em Pequim. No ano seguinte, o maior sonho se realizava: chegou à Seleção
principal e conquistou a Copa das Confederações na África do Sul, o primeiro
título com a amarelinha.
Aos 23 anos, foi negociado com
o Benfica, de Portugal. Para quem nunca tinha participado de uma peneira até os
17 anos, ele estava bem cotado e foi comprado por R$ 21 milhões. No Benfica,
Ramires foi campeão português em 2010.
Mas 2010 ainda reservava
motivos para comemorar. Ramires foi para o Chelsea, da Inglaterra, conquistou a
torcida e virou ídolo. E em seguida foi para o Jiangsu Suning, da China.
Em junho do ano passado
assinou com o Palmeiras, com contrato de quatro anos. Mais experiente, Ramires
tem ajudado o Palmeiras nas competições e, se depender das características de
todos os personagens com o qual foi apelidado, ele vai acabar com os
adversários rapidinho.
Fonte: Esporte Espetacular
Foto: Cesar Greco/Palmeiras
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