A história de Ronaldo é
parecida com outras tantas de superação. Teve uma infância difícil como outros
garotos no futebol. Quase não tinha brinquedos, apenas uma bola de futebol e
alguns carrinhos. Vivia numa casa de madeira e teto de zinco, muito simples,
onde era preciso tapar os buracos para que a chuva não entrasse. A sua vida foi
ligada cedo ao futebol, muito em parte por seu pai o colocar no pequeno
Andorinha.
Após passagem pelo Nacional da
Madeira, o time local, mais uma etapa difícil, em que até dirigentes comentaram
sobre sua precária saúde e físico franzino (chegaram a lhe dar sopa e
sanduíches antes do craque poder ir para casa).
Cristiano Ronaldo teve de se
mudar para Lisboa quando foi apresentado ao Sporting. A mãe relembra que até
roupas novas teve de conseguir, porque precisava causar uma boa impressão no
clube. Não podia dar a impressão de vir de uma origem tão humilde.
Mas a mudança de ares nunca
foi fácil. Tudo foi feito por conta própria, com o escasso dinheiro da família.
Para piorar, ia mal na escola e era alvo de piada pelo sotaque madeirense.
Morava em um dormitório com mais três atletas. Sua prateleira estava sempre
vazia. De valor, só as fotos da mãe e dos irmãos, tudo isso aos 12 anos de
idade.
A maior humilhação de sua vida
veio mais tarde, teve de começar a levar o lixo para a porta do estádio num
carrinho de mão, que os jogadores do clube tinham batizado de ironia Ferrari.
Numa dessas viagens que Ronaldo fazia sempre de cara amarrada, foi zombando
várias vezes. Hoje conta com mais de 20 carros em sua garagem.
CR7 quase desistiu do futebol
quando estava no Sporting, mas voltou de vez e nunca mais olhou para trás.
Basta dizer que Cristiano Ronaldo passou por depressão com saudades da família,
vivia com 30 euros ou cerca de R$120 reais dados pela mãe, até começar a
receber salário como jogador. A solidão e falta de amigos, somada a disciplina
do clube fizeram de CR7 o que ele é hoje.
Ronaldo se tornou obcecado com
sua carreira e em provar que era o melhor. Usava dias livres para malhar quando
não havia mais ninguém na academia. Passou a concentrar-se a ganhar músculos e
mudar sua alimentação. Ficava mais tempo no campo quando acabavam os treinos
normais.
O craque foi se desenvolvendo,
mas o sofrimento sempre foi recorrente em sua carreira. Descobriu que seu pai
era alcoólatra e o irmão viciado em drogas, pagou a desintoxicação do irmão com
o pouco dinheiro que havia juntado quando recebeu seus primeiros salários,
porém não conseguiu ajudar o pai, que faleceu em 6 de setembro de 2005.
Cristiano Ronaldo estava com a Seleção Portuguesa e quem lhe deu a notícia foi
Felipão, técnico de Portugal na época.
Após chorar abraçado ao
treinador brasileiro, pediu para ser titular no jogo seguinte. Eram as
eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006 na Alemanha.
Esta é a história que
provavelmente muita gente não sabe, de um garoto eleito 5 vezes o melhor
jogador de futebol do mundo pela Fifa. Com enredos dramáticos, mas que
terminaram num conto de fadas. Como o próprio Cristiano Ronaldo enfatizou, na
premiação da Fifa em 2017, ”talento sem trabalho não é nada”.
Atualmente Cristiano Ronaldo,
o CR7 é jogador da Juventus na Itália.
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