Roberto Firmino foi o único
representante do Nordeste da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Rússia
2018, Firmino nasceu e foi criado no conjunto habitacional Dique Estrada,
região pobre e violenta da capital alagoana, começou a chamar a atenção ainda no
time sub-17 do CRB.
O primeiro campo foi a rua de
paralelepípedo. Os amigos do bairro e das duas escolas em que estudou Colégio
Tarcísio de Jesus e Colégio Caíque, eram os principais companheiros nas
peladas.
Quando jovem, vendia coco na
praia para ajudar no orçamento da família.
O atleta foi para o
Figueirense, sendo um dos grandes destaques da Copa São Paulo de Futebol Júnior
de 2009. Tornou-se profissional no Figueirense, em Florianópolis, a 3,1 mil km
de casa. Sem dinheiro para a passagem, ficou mais de um ano sem voltar para
Maceió.
Roberto Firmino e sua história
começam em 2009, no aeroporto de Barajas, o mais movimentado da Espanha. Ali,
muitos sonhos acabaram antes mesmo de começar, devido à intolerância das
autoridades espanholas, especialmente dirigida aos brasileiros. Muitos foram
barrados e proibidos de entrar ou passar pela Espanha. Entre eles, Roberto
Firmino, um garoto de apenas 17 anos que queria brilhar na Europa. Seu caso é
curioso, pois ele possuía uma conexão para Marseille, na França. Seu destino
não era Madrid. O Olympic de Marseille o esperava para uma peneira. A viagem
terminou de forma prematura com uma ligação para mãe em Maceió. Um Firmino em
lágrimas, sem falar uma palavra de espanhol, seria deportado, mesmo com
explicações de alguns representantes ligados ao Figueirense sobre a situação do
jogador.
O maceioense voltou em choque
para o time de Santa Catarina. Tivera um ”tratamento especial”. Um copo de água
e uma maçã durante horas. Truculência e nenhuma tolerância. Tentou novamente o
teste em Marseille, desta vez indo direto à França. Depois de observações, a
multa de um milhão de euros pedida para contratação de Roberto Firmino foi
rejeitada e o brasileiro estava de volta ao Brasil pela segunda vez. Sua
extrema timidez, contrastante com o alegre Firmino dos tempos de Liverpool de
hoje, quase custaram sua carreira, pois
muitos achavam que ele simplesmente não tinha entrosamento e comunicação em
campo. Não pedia a bola, alguns observadores técnicos chegaram a perguntar se
era mudo. Tudo que oferecia era um sorriso sempre estampado no rosto.
Sua sorte começou a mudar a
partir de 2010. Ganhou, com o Figueirense na série B, o prêmio de jogador mais
promissor do torneio. Em 2011 foi vendido para o Hoffenheim, time alemão, por 4
milhões de euros. A partir daí sua ascensão foi rápida e surpreendente. Foi
vendido para o Liverpool em 2015 por 41 milhões de euros (equivalente a 142
milhões de reais), sendo a segunda contratação mais cara da história do clube.
Seus 22 gols e 13 assistências
proporcionaram-lhe um belo cartão de visitas, e uma parceria duradoura com
Phillipe Coutinho.